Qualificação Profissional ou Competências para o Mercado Futuro?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24023/FutureJournal/2175-5825/2016.v8i1.249

Palavras-chave:

Competências individuais. Qualificação profissional. Conhecimentos. Habilidades. Atitudes.

Resumo

As mudanças ocorridas no mundo do trabalho desde a segunda metade do século XX têm obrigado os gestores a definirem novas formas de selecionar e desenvolver os trabalhadores. Nesse contexto, ganharam espaço as discussões sobre os processos de qualificação profissional e de identificação de competências. Este artigo constitui um estudo teórico, que contribui para o entendimento conceitual acadêmico dos construtos qualificação profissional e competência e estimula o debate e a pesquisa sobre quais competências serão as mais relevantes para empresas no futuro. A partir da análise histórica e da evolução desses conceitos, torna-se mais clara a distinção entre eles, tanto na perspectiva francesa quanto na americana. Discutem-se as interfaces com o cenário contemporâneo e prioriza-se a abordagem americana das competências, modelo mais utilizado no Brasil. Neste texto pretende-se identificar aspectos das competências que contemplem o cenário contemporâneo do mundo do trabalho e, em face das características das empresas do futuro, mencionadas na literatura, comenta-se a convergência entre as competências individuais (conhecimentos, habilidades e atitudes) e o atendimento às demandas futuras do mercado de trabalho. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Yluska Bambirra Assunção, Centro Universitário UNA

Professor

Referências

Araújo, G. D., Silva, A. B. da, & Brandão, J. M. F. (2015, abril/junho). O que revela a literatura internacional sobre os vínculos entre aprendizagem, competências e inovação? Revista de Administração e Inovação, 12(2), 7-37. Recuperado em 10 de setembro, 2015, de www.revistarai.org/rai/article/download/1190/pdf

Barbosa, A. C. Q., & Cintra, L. P. (2012, janeiro/junho). Inovação, competências e desempenho organizacional – articulando construtos e sua operacionalidade. Future Studies Research Journal: Trends and Strategies, 4(1), 31-60.

Birchal, S. de O., & Muniz, R. M. (2002). A lógica do capitalismo e o trabalho humano. In I. B. Goulart (Org.), Psicologia organizacional e do trabalho: teoria, pesquisa e temas correlatos (pp. 23-36). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Borges, L. de O., & Yamamoto, O. H. (2014). O mundo do trabalho. In C. Zanelli, J. E. Borges-Andrade, & A. V. B. Bastos (Orgs.), Psicologia, organizações e trabalho no Brasil (2a. ed., pp. 25-68). Porto Alegre: Artmed.

Calvosa, M., Vilhena, T., Xavier, A., & Xavuem, L. (2012). Desenvolvimento pessoal e profissional de futuros gestores: como a geração Y encara as competências necessárias para o aumento da empregabilidade e para o sucesso no ambiente profissional. Anais do Encontro Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, 36, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Champy, J. (2010). Supere seus rivais vendo o que os outros não veem. In F. Hesselbein, & M. Goldsmith, A nova organização do futuro: visões, estratégias e insigths dos maiores líderes do pensamento estratégico (pp. 3-12). Rio de Janeiro: Elsevier.

Chanlat, J. F. (1996). O indivíduo na organização: dimensões esquecidas. São Paulo: Atlas.

Delors, J. (Coord.). (2010). Os quatro pilares da educação. In J. Delors, Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez.

Drucker, P. (1997). Introdução – rumo à nova organização. In F. Hesselbein, M. Goldsmith, & R. Beckhard, A organização do futuro: como preparar hoje as empresas de amanhã (pp. 15-19). São Paulo: Futura.

Dugué, E. (2004). A lógica da competência: o retorno do passado. In A. Tomasi (Org.), Da qualificação à competência (pp. 19-32). Campinas, SP: Papirus.

Dutra, J. S. (2004). Competências: conceitos e instrumentos para gestão de pessoas da empresa moderna. São Paulo: Atlas.

Dutra, J. S. (2008). Estudo prospectivo do setor siderúrgico. Brasília: CGEE.

Dutra, J. S., Fleury, M. T., & Ruas, R. (2008). Competências: conceitos, métodos e experiências. São Paulo: Atlas.

Fartes, V. L. B. (2008, setembro/dezembro). Formação profissional, profissões e crise das identidades na sociedade do conhecimento. Cadernos de Pesquisa, 38(135), 583-585.

Filion, L. J. (1999, abril/junho). Empreendedorismo: empreendedorismo e proprietários-gerentes de pequenos negócios. Revista de Administração de Empresas - RAE, 34(2), 5-28.

Fleury, M. T. L., & Fleury, A. (2001). Construindo o conceito de competência. Revista de Administração Contemporânea - RAC, 5(edição especial), 183-1961. Recuperado em 20 de março, 2014, de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-65552001000500010&lng=en&nrm=iso

Fleury, M. T. L., & Fleury, A. (2001). Apresentação. In P. Zarifian, Objetivo: competência. Por uma nova lógica. São Paulo: Atlas.

Garcia, S. R. de O. (2000, setembro). O fio da história: a gênese da formação profissional no Brasil. Núcleo de Estudos da UFMG. Belo Horizonte: Unisinos, n. 2. Recuperado em 12 de fevereiro, 2015, de http://www.anped. org.br/reunioes/23/textos/0904t. PDF

Gergen, C., & Vanourek, G. (2010). Organizações dinâmicas para uma época empreendedora. In F. Hesselbein, & M. Goldsmith, A nova organização do futuro: visões, estratégias e insigths dos maiores líderes do pensamento estratégico (pp. 155-169). Rio de Janeiro: Elsevier.

Goulart, I. B., & Guimarães, R. F.(2002). Cenários contemporâneos do mundo do trabalho. In I. B. Goulart (Org.), Psicologia organizacional e do trabalho: teoria, pesquisa e temas correlatos (pp.9-22). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Hammer, M. (1997). A essência da nova organização. In F. Hesselbein, M. Goldsmith, & R. Beckhard, A organização do futuro: como preparar hoje as empresas de amanhã (pp. 41-48). São Paulo: Futura.Harmon, F. G. (1997). O presente do futuro. In F. Hesselbein, M. Goldsmith, & R. Beckhard, A organização do futuro: como preparar hoje as empresas de amanhã (pp. 260-269). São Paulo: Futura.

Hirata, H. (1994). Da polarização das qualificações ao modelo da competência. In J. C. Ferretti et al. (Orgs.), Novas tecnologias, trabalho e educação: um debate multidisciplinar (pp. 128-137). Petrópolis: Vozes.

Hirata, H. (2001). Entre trabalho e organização, a competência. In P. Zarifian, Objetivo: competência. Por uma nova lógica (pp. 13-19). São Paulo: Atlas.

Kouzes, J. M., & Posner, B. Z. (2010). A missão do líder: crie um senso compartilhado de destino. In F. Hesselbein, & M. Goldsmith, A nova organização do futuro: visões, estratégias e insigths dos maiores líderes do pensamento estratégico (pp. 27-35). Rio de Janeiro: Elsevier.

Lawer, E. E., III, & Worley, C. G. (2010). Desenhando organizações feitas para mudar. In F. Hesselbein, & M. Goldsmith, A nova organização do futuro: visões, estratégias e insigths dos maiores líderes do pensamento estratégico (pp. 184-198). Rio de Janeiro: Elsevier.

Le Boterf, G. (1995). De la compétence – essai sur un attracteur étrange. Paris: Les Éditions d’Organisations.

Le Boterf, G. (2003). Desenvolvendo a competência dos profissionais. Porto Alegre: Artmed.

Le Boterf, G. (2006). Avaliar a competência de um profissional: três dimensões a explorar. Reflexão RH, 61-63. Recuperado em 16 de junho, 2015, de http://www.guyleboterf-conseil.com/Article%20evaluation%20version%20directe%20Pessoal.pdf

Leite, A. C., & Goulart, I. B. (2006). Competência na perspectiva do trabalho. In I. B. Goulart (Org.), Temas de Psicologia e Administração.(pp. 9-22). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Lombardia, P. G., Stein, G., & Pin, J. R.(2008, mayo). Politicas para dirigir a los nuevos professionales: motivaciones y valores de la generacion Y. Documento de investigación. DI-753.

Malvezzi, S. (1999). Empregabilidade e carreira. Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, 2(1), 55-72.

Malvezzi, S. (2014). Prefácio. In C. Zanelli, J. E. Borges-Andrade, & A. V. B. Bastos (Orgs.), Psicologia, organizações e trabalho no Brasil (2a. ed., pp.13-22). Porto Alegre: Artmed.

Manfredi, S. M. (1999, setembro). Trabalho, qualificação e competência profissional – das dimensões conceituais e políticas. Educação & Sociedade, 19(64), 13-49. Recuperado em 15 de março, 2015, de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73301998000300002&lng=en&nrm=iso

McClelland, D. C. (1973, January). Testing for competence rather than for "intelligence". American Psychologist, 28(1), 1-14. Recuperado em 20 de junho, 2015, de http://mohandasmohandas.com/african1/ap7301001(1).pdf

Minello, I. F., Scherer, L. A., & Alves, L. C. (2012). Competências do empreendedor: uma análise com empreendedores que vivenciaram o insucesso empresarial. Revista de Negócios, 17(4), 74-90.

Peixoto Filho, J. P., & Silva, C. R. C. (2014, setembro/dezembro). Inter-relações entre trabalho, educação profissional e desenvolvimento. Trabalho& Educação, 23(3), 71-85.

Perrenoud, P. (1999). Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artes Médicas Sul.

Ramos, M. N. (2006). A pedagogia das competências: autonomia ou adaptação? São Paulo: Cortez.

Rao, S. S. (2010). Um tipo diferente de empresa. In F. Hesselbein, & M. Goldsmith, A nova organização do futuro: visões, estratégias e insigths dos maiores líderes do pensamento estratégico (pp. 36-46). Rio de Janeiro: Elsevier.

Sá, P., & Paixão, F. (2013). Contributos para a clarificação do conceito de competência numa perspetiva integrada e sistémica. Revista Portuguesa de Educação, 26(1), 87-114.

Silva, E. L. da, & Cunha, M. V. da. (2002, setembro/dezembro). A formação profissional no século XXI: desafios e dilemas. Ci. Inf., 31(3), 77-82.

Somerville, I., & Mroz, J. E. (1997). Novas competências para um novo mundo. In F. Hesselbein, M. Goldsmith, & R. Beckhard, A organização do futuro: como preparar hoje as empresas de amanhã (pp. 84-98). São Paulo: Futura.

Spencer, L. M., McClelland, D. C., & Spencer, S. (1994). Competency assessment methods: history and state of the art. Boston: Hay Mc BerResearch Press.

Ulrich, D., & Smallwood, N. (2010). A organização não é estrutura e sim capacidade. In F. Hesselbein, & M. Goldsmith, A nova organização do futuro: visões, estratégias e insigths dos maiores líderes do pensamento estratégico (pp. 13-26). Rio de Janeiro: Elsevier.

Vieira, A., & Ribeiro da Luz, T. (2005, abril/junho), Do saber aos saberes: comparando as noções de qualificação e de competência. O&S, 12(33), 93-108.

Wood Jr, T., Tonelli, M. J., & Cooke, B. (2011, maio-junho). Colonização e neo-colonização da gestão de recursos humanos (GRH) no Brasil (1950-2010). Revista de Administração de Empresas- RAE, 51(3), 232-243.

Zarifian, P. (2012). Objetivo competência. Por uma nova lógica. São Paulo: Atlas.

Publicado

2016-04-14

Como Citar

Assunção, Y. B., & Goulart, I. B. (2016). Qualificação Profissional ou Competências para o Mercado Futuro?. Future Studies Research Journal: Trends and Strategies [FSRJ], 8(1), 175–207. https://doi.org/10.24023/FutureJournal/2175-5825/2016.v8i1.249